Entre diversas mudanças e transformações necessárias, as empresas começaram a implementar com mais afinco a modalidade de home office durante a pandemia, mas quais são as reais perspectivas sobre este tipo de trabalho? As mudanças permanecerão no pós-pandemia?

 
Como é de conhecimento de todos a Pandemia que teve início em 2020, mudou praticamente todas as relações, sejam elas familiares, sociais e negociais. Reuniões presenciais foram trocadas por reuniões virtuais nos mais variados aplicativos, audiências realizadas por teleconferência, compras realizadas de forma on-line se intensificaram mais.
A realidade que se instalou em 2020, começa a ter necessidade de ser formalizada em 2021. A pandemia da COVID-19 apresentou novas situações expressivas que merecem destaque:

  1. transição rápida e em larga escala para o home office;
  2. oportunidade de imaginar o trabalho de forma diferente.

Passados praticamente 1 ano do início desta imposição de isolamento social, a necessidade de se adequar e criar de políticas internas de home office ou de sistema híbrido de trabalho, começam das empresas pequenas até as maiores.
 

A legislação já previa a possibilidade de trabalho remoto e home office, contudo muitas empresas no início da Pandemia o fizeram de maneira intuitiva, e muitas vezes de forma equivocada ou sem cumprir o que determina a legislação.
Portanto, o movimento de se adequar e organizar esta nova forma de pensar na relação de trabalho é uma medida impositiva que fará toda diferença para a empresa do curto ao longo prazo, não só como prevenção de passivos mas como uma forma de se destacar na gestão de pessoas.
Sempre, a prevenção deve ser palavra de ordem quando falamos de relações de trabalho, assim como valorização do intelecto humano. Não raro, visualizamos empregadores que tomam decisões pautadas na boa-fé, e depois amargam condenações na Justiça do Trabalho por não estarem de acordo com a legislação.
As empresas se deparam com muitos questionamentos baseados na nova realidade:
– Será que devo manter tudo remoto?
– Será que realizo trabalho de forma híbrida?
– Quando vamos poder retornar 100% presencial?
– Como fazer a transição?
– Preciso de orientação jurídica?
Todos estes questionamentos que permeiam as organizações, e principalmente os setores de RH, são válidos e de forma integral precisam de direcionamentos e consonância com o que prevê a legislação.
Home office não se trata somente de alteração do Contrato de Trabalho via Aditivo, e Cessão de Equipamentos, existe uma infinidade de possibilidades e situações que precisam ser analisadas e organizadas.
 

Com políticas internas de qualidade aliadas às disposições das Convenções Coletivas de Trabalho da categoria em questão, sem esquecer é claro de veiculação clara e expressa de todas as regras desta nova modalidade para todos, bem como um canal direto e efetivo para retirada de dúvidas.
Uma empresa precisa ao decidir pelo trabalho em casa, pontuar situações como:

  1. jornada;
  2. descanso;
  3. possibilidade de acidentes de trabalho;
  4. possibilidade de diversos fatores associados para o desenvolvimento de doenças laborativas;
  5. próprio desenvolvimento de doença laborativa;
  6. melhor forma de controlar a produtividade;
  7. garantia de que os equipamentos cedidos para o
  8. desenvolvimento da atividade laborativa estão em boas condições;
  9. viabilizar “ambiente” de interação de qualidade para manter a produtividade e cuidado com a saúde mental dos seus colaboradores.

 

 
Existe alguma diferença de requisitos a serem observados se a empresa optar pelo modelo híbrido (onde o empregado comparece a empresa em determinados dias)? Como proceder de forma correta em relação ao vale transporte, jornada, produtividade e itens cedidos ao empregado?
Para ambos os modelos acima, os desafios por meio digital também se traduzem em um ponto de atenção, afinal com toda a equipe, ou a grande maioria dela, estará trabalhando de casa e utilizando redes domésticas de conexão, os níveis de segurança sem dúvidas baixam consideravelmente.
Diante deste cenário, nem todas as empresas contam com políticas seguras para os dados, que devem envolver a forma de uso do gerenciamento remoto, dispositivos celulares pessoais, as orientações de senha e um controle sério sobre os acessos.
 

Escolher uma forma única de trabalho e se adequar a ela exige cuidado e orientação jurídica para criar ou uma Política de home office ou uma Política de sistema híbrido, mesmo que temporária, porque cumprir a lei é importante, mas ser uma empresa que pensa em se manter todos os seus processo internos e externos em conformidade com a lei aliado a uma excelente gestão de pessoas sem dúvidas é muito melhor.
E a sua empresa, como está?
Já escolheu a melhor forma? Já criou as Políticas necessárias?
Nas próximas publicações exploraremos cada ponto de atenção, de forma didática, que são necessários para este momento de tomada de decisão na sua empresa.
Você tem dúvidas? Melhor ficar ligado nas nossas publicações 🙂
 
Autoria: Silvia Schulze
Coautoria e Revisão: Caroline Dalfovo